domingo, 17 de dezembro de 2017

Da série sobre “compulsão alimentar”. Texto 2.

Como eu disse no meu texto anterior sobre fazer dietas, eu já fiz muitas e a maior dificuldade em todas elas foi suportar a vontade descontrolada de comer doce ou carboidrato. Para mim, estes sempre foram os vilões no quesito “abstinência”. Os primeiros dias são os mais terríveis, mas aí tem aquele dia que é ainda pior, que vem uma vontade descontrolada de comer. E eu sempre falo que algumas compulsões te permitem ficar com abstinência total da substância gatilho, mas no caso da comida, eu não consigo ficar sem comer. Não consigo me isolar na minha casa e não ir a nenhum evento social, não consigo não me expor à oferta de comida. Mais um desafio que um compulsivo alimentar sabe muito bem como é. 

Enfim, a segunda coisa que aprendi e que foi fundamental para eu não dar as minhas “desandadas” e conseguir manter uma dieta saudável foi saber que um corpo bem nutrido pede cada vez menos comidas não saudáveis. Quando ouvi isso pela primeira vez confesso que não fez muito sentido mas, após estudar o assunto mais profundamente e aplicar na minha vida, realmente vi resultado. Por exemplo, com uma dieta balanceada que me permite acesso à gama de nutrientes que meu corpo necessita, meus picos de compulsão ficaram menores. Outra coisa ESSENCIAL foi conhecer que alguns alimentos são mais gatilhos para compulsão que outros como, por exemplo, o açúcar e o carboidrato. Por que eles são tão viciantes? Quando comemos açúcar ou carboidrato, regiões do cérebro de prazer e recompensa são ativadas, daí sua glicemia dispara, o cérebro libera dopamina que dá prazer, o pâncreas libera insulina em grandes quantidades para reduzir a glicose no sangue (e a insulina alta leva ao acúmulo de gordura), tão rápido quanto a glicemia subiu ela despenca. Quando a glicemia despenca e o corpo fica sem açúcar, ou com baixo nível de açúcar, ele envia sinais de abstinência ao cérebro. Esse movimento de glicemia alta, liberação de altas doses de insulina para baixar e o despencar da glicemia, é um movimento que causa fome constante e desejo por mais carboidrato e açúcar. Esse ciclo fica se repetindo constantemente a cada ingestão dessas substâncias. 

De posse desse conhecimento, o que eu fiz? Como não consigo ter uma dieta sem carboidratos total e nem sem açúcar, fui conhecer e aprender sobre os tipos de carboidratos e açúcares mais saudáveis e que causam picos de insulina menores e passei a usá-los em baixas quantidades, mas não os tirei da minha dieta. Fui aprender receitas funcionais com eles e as incluo na minha dieta. Essas receitas me dão prazer, são nutritivas, gostosas e não causam picos tão elevados de insulina e, consequentemente, o acúmulo de gordura é menor e o movimento da compulsão também. Com isso, minha experiência com a abstinência na dieta foi muito melhor, porque quando me vinha ou ainda me vem a vontade de comer aquele doce, eu como, mas um que é feito com alimentos mais funcionais, que não são gatilho para o ciclo do pico de insulina que eu citei acima e, portanto, não acionam o gatilho da compulsão. Pelo contrário, me saciam com pouca quantidade e eu fico bem feliz 😊.

A dieta que adotei e mais funciona para mim é uma dieta rica em gorduras boas e baixo carboidrato, também conhecida em inglês como dieta “high fat, low carb”.

Até a próxima ;)

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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Da série sobre “compulsão alimentar” - Texto 1

Todos nós aprendemos maneiras de aliviar o sofrimento emocional em algum momento da nossa vida, esse é um processo bem individual. Uma vez que aprendemos o que funciona para nossa psique, como forma de alívio, temos a tendência de repetir o mesmo comportamento todas as vezes que nos vemos diante de uma situação que nos cause sofrimento emocional. Por exemplo, perceba ao que você recorre quando se sente triste, desiludido, estressado, cansado, desmotivado, frustrado, com raiva ou com medo. Você come? Fuma? Bebe? Usa drogas? Pratica esporte? Joga? Trabalha? Compra? Estuda? Assiste TV? Ouve música? Foge? Viaja sem parar? Tem sempre um compromisso ou evento social para não ficar só? Faz trabalho voluntário? Vive numa busca incessante pela perfeição? Medita? Faz Yoga?

Seja qual for sua forma de lidar com o sofrimento emocional, todos nós, sem exceção, aprendemos uma e todas elas fazem parte da mesma rota no nosso cérebro, ligada ao sistema de recompensa. As compulsões, por exemplo, nascem dessa necessidade que nossa psique tem de buscar alívio emocional. E por que algumas pessoas pegam rotas mais destrutivas que outras? Por que algumas se viciam em crack e outras em esporte?  Essa é uma pergunta que envolve muitos fatores, mas de forma breve posso dizer que isso está ligado à individualidade de cada pessoa, suas crenças e suas vivências desde o útero materno até seu desenvolvimento no geral.

Eu sou uma compulsiva alimentar, convivo com o transtorno desde o início da minha adolescência. Foram muitos anos de dietas, academia, ganha peso, perde peso, enfim......mas o fator mais característico de qualquer compulsão é a sensação de que ela é mais forte que nós, que não tem jeito, que tentamos, conseguimos por um tempo e depois.....olha nós lá de novo na mesma história. Isso é sempre carregado de muita frustração e o sentimento de desespero, tristeza e impotência.

Esse ano de 2017 foi um ano muito especial na minha vida nesse quesito. Completei 35 anos em abril. Iniciei o ano com 81 kilos, o máximo que já havia chegado. Estava bem acima do meu peso. Tenho 1.69 m. Estou terminando o ano com 66 kilos, peso esse que venho mantendo desde Junho. Algo inédito desde meus 13 anos. Não fiz nenhum tipo de cirurgia nem dietas super restritivas. Mas fiz sim grandes mudanças na minha alimentação e na minha rotina.

Mas algo que percebo que tem sido bem importante é a observação do que está acontecendo na minha mente e é gatilho para minha vontade de comer descontroladamente coisas bem gordas e nem um pouco saudáveis.

Irei compartilhar aqui com vocês, aos poucos, o que me ajudou e ajuda a lidar com a minha compulsão alimentar. O que me ajuda a lidar com o padrão autodestrutivo que está por trás da compulsão e fazer escolhas saudáveis e em prol da vida e do meu bem-estar.

Hoje gostaria de compartilhar a primeira coisa que fiz: escolhi uma dieta que eu sabia que conseguiria seguir. Aquela que melhor se adaptava ao meu corpo, minha individualidade, minha rotina e meu gosto particular.

Compartilhe também o que te ajuda. Muitas pessoas sofrem com esse transtorno. Juntos podemos nos ajudar muito!

Até breve!


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Missão de Vida

Agradecer é uma prática que eu tenho hoje que acontece com muito mais frequência, pois não foi sempre assim. Refiro-me à gratidão pela existência, pela vida, pela oportunidade de estar de passagem neste mundo fazendo o que eu faço e tendo a chance de vivenciar as experiências que vivencio e descobrir uma nova dimensão de mim a cada novo dia.

Precisei tirar muitos véus de ilusão e limpar muito as lentes com as quais enxergava o mundo. Precisei ir fundo nos meus traumas e medos para poder me libertar deles, para não ser prisioneira do meu passado nem viver ansiando pelo dia de amanhã, com medo da falta e da escassez.

Mas essa caminhada de viver no princípio da abundância, da confiança e do amor e não no da escassez e do medo, exige muita consciência e trabalho interior. A cada dia, um novo eu nasce, e com ele, acessamos memórias antigas e medos que trazemos não só nossos, mas das nossas gerações anteriores e da sociedade como um todo. 

Foram muitas as pessoas que cruzaram o meu caminho e compartilharam sua caminhada comigo, me ajudando imensamente neste processo. Profissionais, amigos, professores, familiares, escritores e mestres espirituais que, com o seus pensamentos e viver no mundo, influenciaram muito para que eu pudesse acessar meu melhor, minha potência de vida, minha missão, a abundância e o amor existentes neste universo.

Escolhi a profissão que escolhi por vocação e amor e sei que ela está alinhada com minha missão de vida. No exercício do meu trabalho e ao iniciar um novo projeto, sinto-me conectada com minha essência mais profunda e essa essência entra em ressonância com a Consciência Cósmica, fazendo com que tudo faça sentido e esteja conectado, numa contínua sincronicidade. 

Dentro das minhas áreas de atuação, várias vertentes me permitem abordar missão de vida. Na minha atuação como Coach, por exemplo, uma das minhas partes favoritas é o desenvolvimento da missão. No meu trabalho como Psicóloga Clínica, uma das muitas coisas que me encantam, é poder participar deste processo de tirar véus e limpar lentes para que as pessoas encontrem e enxerguem seu eu autêntico, limpem seus medos e ressignifiquem traumas; para poderem olhar para seus potenciais, suas qualidades, aquilo que elas têm de único e especial, sua contribuição singular para o mundo e conectarem-se com isso, saindo da esfera do medo e da escassez e indo para a esfera da abundância e do amor!

O quanto você se sente alinhado com sua missão? O quanto sente que está fazendo aquilo que faz você sentir-se conectado com o todo? Deixando sua contribuição única para o mundo?

Se isso não é uma realidade para você hoje e é algo que gostaria de vivenciar, conecte-se com essa energia, faça coaching, terapia, participe de grupos que tenham isso como proposta, leia pessoas que já falaram sobre o tema e busque. Existe muita abundância aqui para todos nós!

Se já quiser começar ler mais sobre missão de vida, acesse o link abaixo, que é um compilado que eu fiz de algumas mensagens e um trecho importante retirado do livro “Maestria”, de Robert Greene.

https://drive.google.com/file/d/0B_2mjr_ubOOyNl9BdU9zUE1mSVU/view?usp=sharing