Há alguns anos eu li o livro "Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis!" de John Powell, S.J e Loretta Brady, M.S.W.

Na página 16 há uma parte muito interessante que toca no centro da questão discutida no livro, diz assim:
"Há ainda outro benefício muito valioso quando se aprende e se pratica a arte da boa comunicação: a maturidade pessoal. Se fielmente acreditarmos nas verdades e aceitarmos as atitudes que fundamentam a comunicação franca e honesta, iniciaremos um contato saudável com a realidade. Desistindo dos papéis que representamos e dos jogos que fazemos, logo estaremos lidando mais eficientemente com nós mesmos como realmente somos e com os outros como realmente são. Começaremos a ser autênticos e verdadeiros, com nós mesmos e com os outros. O resultado óbvio de tudo isso é a maturidade.
Ninguém (inclusive eu) gosta de ser imaturo, mas de fato o somos. Somos seres em desenvolvimento e ainda não atingimos tudo o que podemos ser. Condição absoluta para nosso crescimento humano é o contato com a realidade. A comunicação franca e honesta é o único caminho que nos leva ao mundo real. Sua contrapartida é contentar-se com uma vida que é apenas um representação, um fingimento sem sentido".
Estava organizando meus livros e peguei esse livro novamente; na quarta página havia um trecho citado muito interessante, retirado do livro "The Velveteen Rabbit (O coelho de veludo)" de Margery Williams.
Quando li o livro Arrancar Máscaras! Abandonar papéis! pela primeira vez, esta citação passou despercebida para mim, mas agora ela faz todo sentido com o conteúdo do livro, todo sentido mesmo. O trecho do livro O coelho de veludo que está citado no livro Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis! é o seguinte:
"O que é REAL?", perguntou o Coelho um dia, quando estavam deitados lado a lado, perto da grade do quarto das crianças, antes de Naná vir arrumar o quarto. "Significa ter coisas que murmuram dentro de você e uma alça do lado de fora?"

"Não acontece de repente", continuou o Cavalo de Pele. "Você se transforma. Leva bastante tempo. É por isso que nem sempre acontece para quem se quebra com facilidade ou tem bordas ásperas ou precisa ser guardado com cuidado. Geralmente, até você se tornar Real, a maior parte do seu pêlo já caiu de tanto carinho, você já perdeu os olhos, está com as juntas moles e bastante gasto. Mas essas coisas não têm a mínima importância, porque quando você é Real, não pode ser feio, a não ser para quem não entende".
Depois de ler esse trecho fui à internet para ler o texto todo do livro "O coelho de veludo". A leitura desta pequena estória é belíssima e nos traz lições fantásticas sobre as máscaras e papéis que representamos e vestimos, principalmente para sermos amados, recebermos carinho, atenção, abrigo, conforto; também nos mostra a vida e beleza que há quando abandonamos esses papéis, retiramos nossas máscaras, saímos da nossa zona de conforto e vamos em busca de SER quem realmente somos e viver nossa mais profunda verdade.
O trecho foi muito bem escolhido para o livro Arrancar Máscaras! Abandonar papéis.
Quem quiser ler "The Velveteen Rabbit" segue uma opção no link abaixo:
Recomendo ambas as leituras! Vale a pena!
Este livro é ótimo e todos do padre John Powell!
ResponderExcluirBoa tarde Luciana! Lindo seu blog. Quanto ao comentário sobre o livro Arrancar Máscaras! Abandonar papéis! também o li há 25 anos atrás, foi um livro que me marcou profundamente. Eu perdi meu exemplar, então me lembrei dele hoje e resolvi procurar pela editora que o publicou e encontrei seu blog. Obrigada pelas considerações. Já baixei O Coelho de Veludo, que não tinha. Grata. Aparecida
ResponderExcluirOlá Aparecida. Boa noite! Obrigada. É uma alegria para mim quando um de meus posts faz parte da caminhada evolutiva de outro alguém. Gratidão!
ExcluirOlá Aparecida. Boa noite! Obrigada. É uma alegria para mim quando um de meus posts faz parte da caminhada evolutiva de outro alguém. Gratidão!
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