sexta-feira, 24 de maio de 2013

Carreira - Perseguir o sonho

Perseguir um sonho é não desistir frente aos obstáculos; é buscar estratégias para torná-lo realidade; é ter força para lidar com a frustração da espera e com as circunstâncias que enfrentaremos no caminhar.

Primeiro é preciso acreditar no sonho, depois é importante buscar alternativas de por onde começar. Muitas vezes precisamos andar por outros caminhos antes de chegarmos à rota do sonho; estes caminhos nos sustentarão até que possamos, enfim, realizar o sonho.
 
Luciana Ribeiro

Abaixo segue uma transcrição de um comentário de Max Gehringer para a rádio CBN em 29/10/10 sobre perseguir um sonho ou buscar uma carreira de sucesso:

Bobeei", escreve um ouvinte, dando a conclusão antes mesmo de explicar a situação. Ele conta o seguinte: "Comecei a trabalhar cedo, mas não conduzi a minha carreira corretamente. Mudei de área e de empresa diversas vezes, sempre seguindo meus sonhos, ideais e convicções. Fui muito filosófico e pouco prático. Hoje tenho 32 anos e não cheguei a lugar nenhum. Ainda dependo do meu pai financeiramente, tenho um currículo psicodélico, que não me ajuda a conseguir entrevistas, e muito menos um bom emprego. E estou desempregado mais uma vez. Não sei o que faço. Continuo seguindo meu coração, buscando o que gosto de fazer, com a esperança de que um dia serei recompensado?"

Vamos lá. Uma vez, eu respondi a um ouvinte que ele, entre fazer o que gostava ou o que daria mais dinheiro, deveria optar pelo dinheiro. Assim, um dia, ele teria dinheiro suficiente para fazer o que gostava. E alguns ouvintes escreveram discordando da minha opinião.

Mais recentemente, quando falei sobre os cursos que geram mais oportunidades no mercado de trabalho, um par de ouvintes me recriminou por não ter dito que um jovem deveria escolher um curso que mais gosta, e não o que daria mais retorno material imediato.
 
São opiniões sensatas, de pessoas que devem estar fazendo o que gostam, e ganhando dinheiro com isso. Mas que são mais a exceção, do que a regra. Não que a mensagem do ouvinte de hoje seja definitiva, mas ela me parece retratar melhor o que é o mercado de trabalho.

Muitas vezes, há uma dicotomia entre o que gostamos de fazer e aquilo que fazemos bem. Quantos jovens não gostariam de ser músicos, e acabam optando por estudar direito ou administração, e indo trabalhar numa empresa? E aí, descobrem que são muito bons em algo que não era a sua primeira opção emocional, mas conseguem construir uma carreira bem sucedida.
 
Eu sou a favor de qualquer pessoa que queira perseguir um sonho, desde que a pessoa entenda que a recompensa por isso não será garantida. E eu diria mais: a grande maioria dos profissionais que conheço não tinha a carreira atual como primeira opção, quando eram jovens.

Há casos em que procuramos uma carreira, e há casos em que uma carreira nos encontra. Ao nosso ouvinte, eu diria que sim, ele deve fazer agora, mesmo que não goste muito, algo que lhe permitirá fazer mais tarde, apenas o que ele gosta.

Max Gehringer, para CBN.
 

Mercado de Trabalho

Adolescentes de todo mundo enfrentam desafios para conseguir entrar no mercado de trabalho. Isto acontece devido às constantes mudanças que acontecem na economia e nas mudanças de direções do mercado de trabalho, exigindo dos profissionais: flexibilidade, capacitação e personalidade.

Sabe-se que o bom profissional precisa ter conhecimento técnico, estar alinhado às competências valorizadas pelo mercado e antenado com as novas tecnologias e tendências na área de atuação, mas o que realmente as empresas esperam dos jovens profissionais?

Os empregadores pontuam que características comportamentais dos jovens são diferenciais na hora de escolherem o candidato. Quanto a isto, o jovem pode se perguntar: Mas como construir diferenciais quando você ainda não tem experiência?

Não existe uma receita pronta para construir aspectos pessoais, mas alguns pontos são importantes de serem olhados:
 
  • Baixa capacidade de adaptação ao ambiente de trabalho;
  • Habilidades sociais,
  • Atitude e etiqueta no trabalho.
Desta forma, o melhor jeito de aprender a usar a personalidade a favor da carreira e de adequar o comportamento à realidade do universo corporativo é participando de projetos profissionais ainda durante a sua formação, se envolver em trabalhos voluntários, empresas Junior, estágios, realizar cursos complementares e outras ações que ampliem seus contatos e experiências profissionais.

Atualmente vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, no qual a pressão por resultados é sempre crescente e dramática. Devido a isto, as empresas esperam que até mesmo os jovens apresentem qualificações mínimas.

Muitas empresas entendem a dificuldade de investimento em uma educação e também o fato de o sistema educacional brasileiro enfrentar problemas, mas dizem que aconselham o jovem a se preparar ao máximo, buscando oportunidades  de formação em centros comunitários, programas do governo, enfim, onde for possível obter alguma preparação.

Para os jovens que estão no Ensino médio as empresas aconselham  que eles aprendam, melhorem seus padrões de leitura, escrita e informação, pois isso vai ser decisivo para um emprego no futuro.

Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) diz que o jovem precisa investir tempo em sua qualificação, uma porta de entrada que seria interessante é a capacitação de voluntariado, pois atuando como tal o jovem vai adquirindo a capacitação  que o qualificará para um emprego satisfatório.

Abaixo Max Gehringer fala um pouco sobre mercado de trabalho.
 
 

Orientação Vocacional

 
A escolha da profissão não é para sempre, ela coincide com a fase do desenvolvimento na qual o jovem está se descobrindo novamente. É o nascimento existencial; quando ele está definindo sua identidade: quem ele quer ser e quem não quer ser. É o momento em que o jovem está buscando conhecer-se melhor, seus gostos, interesses e motivações.

Escolher é decidir, entre uma série de opções, a que parece a melhor naquele momento. Cada escolha feita faz parte de um projeto de vida que vai se realizando.

Em inúmeros casos, a escolha se realiza de forma arbitrária, condicionada por razões alheias ao próprio jovem. Sejam elas de ordem social, política ou econômica; estas o levam a ingressar em determinado curso universitário ou não, sem nem mesmo saber os motivos, com a vaga sensação de que realmente escolheu seu destino profissional, ou que, na verdade, a opção foi vigiada por fatores incontroláveis, impossíveis de serem discriminados nitidamente por ele próprio enquanto sujeito livre, consciente dos determinismos que o cerceiam e capaz de transcendê-los.
 
A Orientação Vocacional tem por objetivo facilitar o momento da escolha ao jovem, auxiliando-o a compreender sua situação específica de vida, na qual estão incluídos aspectos pessoais, familiares e sociais. Através de testes e conversas, um facilitador auxiliará o jovem a pensar e descobrir quais caminhos pode seguir, bem como a conhecer seus talentos, habilidades e aptidões.
 
A reportagem abaixo foi ao ar no jornal hoje e fala sobre orientação vocacional.


" A verdadeira profissão do homem é encontrar seu caminho para si mesmo" (Hermann Hesse)