quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Da série sobre “compulsão alimentar”. Texto 4

Hoje quero compartilhar com vocês a terceira coisa que fiz para me ajudar a perder peso, instalar hábitos mais saudáveis e lidar com a compulsão alimentar: Malhação e alguns procedimentos estéticos (drenagem linfática e massagem modeladora).

Como eu citei em textos anteriores, a compulsão alimentar está associada a um movimento que busca uma recompensa emocional e esse movimento é realizado através de uma ação autodestrutiva, que é o comer em excesso. Como o comer compulsivo e em excesso acaba se tornando um hábito, muitas vezes ele acontece sim como uma busca da psique de alívio emocional e outras vezes apenas como um hábito já instalado e uma necessidade fisiológica.

Por esse motivo a prática de hábitos saudáveis vai possibilitar a criação de um novo caminho no cérebro, que após algum tempo, será capaz de substituir o padrão anterior autodestrutivo. Mas isso demora um pouco. Algumas pesquisas indicam 21 dias, outras 66 dias.  Pessoalmente acho que alguns hábitos precisam de um pouco mais de tempo para serem instalados. Enfim, o importante aqui é a certeza que precisamos repetir o novo hábito por algum tempo para ele se fortalecer.

Sobre a malhação eu também escolhi algo que me traria prazer. Enfatizo isso, porque uma premissa importante para fortalecermos um hábito é que ele seja prazeroso, do contrário nosso sistema de autossabotagem vem com tudo. Então eu sabia que se começasse de cara com a musculação ou ficando na esteira eu ficaria entediada e me autossabotaria. Foi aí que decidi fazer aula de dança (Zumba) que durava 45 minutos e uma aula de abdominal que durava 20 minutos. Metas atingíveis para mim naquele momento. Eu sabia que não adiantaria fazer um treino de 2 horas. Preferi começar aos poucos e persistir. Fiquei nessa rotina por 6 meses (exercício, dieta e drenagem) e após esse tempo, eu já tinha eliminado 13 kilos. Daí dei início à musculação. Como eu já tinha instalado o hábito de ir para academia, fui aos poucos aumentando meu treino. Hoje continuo com a Zumba, com o abdominal e a musculação.

Sobre os procedimentos estéticos que citei, eles em combinação com a dieta e com a academia deram um resultado muito bom. Além de também estimularem a sensação de prazer e hábitos  saudáveis. Isso é algo que eu vou sempre enfatizar porque no lidar com o comportamento compulsivo, que também é autodestrutivo, precisamos criar caminhos de bem-estar, ações e atividades, pois esse hábito de fazer coisas saudáveis e que te façam bem vai se fortalecendo e diminuindo a força dos hábitos autodestrutivos.

Fácil tudo isso? Claro que não. Eu estava extremamente focada, pois estava cansada de me sentir controlada pela compulsão. Triste em ver meu corpo cheio de celulite (inflamação) que me causava dores. Me sentia cansada e sem energia. Foi uma decisão bem profunda: QUERO ME SENTIR BEM COMIGO. QUERO CUIDAR MAIS DE MIM. QUERO CUIDAR DO MEU CORPO, ELE É MEU VEÍCULO PARA VIVER MINHAS POTENCIALIDADES E MEUS TALENTOS AQUI. SE ELE NÃO ESTIVER BEM EU NÃO VOU CONSEGUIR SER A MINHA MELHOR VERSÃO AQUI. QUERO EXPRESSAR MINHA GRATIDÃO PELA VIDA CUIDANDO DO MEU CORPO.

É com esse foco que, a cada dia, eu escolho fazer escolhas saudáveis. Nos dias em que eu vivencio uma angústia muito profunda eu vejo meu padrão de comer compulsivamente vir à tona, eu observo, percebo, vejo que ele ainda existe e muitas vezes vem forte, mas eu percebo que todo meu esforço e disciplina na construção de hábitos mais saudáveis fortaleceram minha escolha de dizer não ao impulso. De conseguir me segurar. De observar qual parte de mim busca alívio. Qual dor está vindo à tona pedindo a comida como forma de alívio e eu acolho essa dor, com amor e aceitação. 

#malhação #foco #bem-estar #psicologia #terapia #autoconhecimento #gratidão #autocuidado #mudançadehábito #instalaçãodehábito

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Da série sobre “compulsão alimentar”. Texto 3.

Sabe aquele dia que tudo que você mais quer é comer aquela pizza bem gostosa, uma batata recheada de strogonoff e depois um pote de sorvete Haagen daz de cheesecake? Ficou assustado? Parece muito? Bem-vindo à realidade da vida de um compulsivo alimentar. Sim, fiz isso várias e várias vezes. Sozinha claro. Porque na frente dos outros o que iriam pensar sobre mim? Essa é outra característica das compulsões. Muitas vezes nos envergonhamos e vamos comer escondidos de todo mundo. E que vergonha falar disso com outra pessoa né? Vão nos chamar de “gulosos”, “descontrolados”, “que coisa feia”, “olha sua barriga”......e tantas outras frases. E o pior é ir  a uma festa e ter que comer pouco, porque a gente não vai pedir 5 pedaços de bolo. Embora a vontade e o estômago receberiam facilmente, mas novamente, o julgamento.....O que os outros vão pensar? “Que descontrolada”..... Aí o que a gente faz? Quando sai da festa passa numa padaria e faz a nossa festa particular.

Daí as pessoas falam para a gente ir para academia, fazer dieta e se controlar. Parece fácil. Mas na hora que a abstinência da comida chega, com ela vem o padrão, construído há tanto tempo e com força total. E aí, com o que recompensaremos nossa psique? Como driblar a fisiologia e a neuroquímica? O que fazemos? Ah e sobre ir para academia e ver aquela pessoa magrinha e sarada? E a vergonha do meu corpo? E o desconforto? Como saímos desse vício do hábito instalado? Como nos conectar e instalar hábitos mais saudáveis? Como lidar com a compulsão e com a vergonha?

Sabemos que uma vez que um hábito é criado e fortalecido, é bem difícil sair do “piloto automático”. Por exemplo: a gente começa aquela dieta, super firme, de repente passa em frente àquele restaurante, padaria, etc... que tem aquela comida que dá água na boca só de pensar......e aí.....? pronto! Olha o gatilho. Já foi puxado. Só conseguimos pensar na “bendita” comida. Por que isso acontece? A gente saliva e muitas vezes só consegue para de pensar na comida após comê-la porque o cérebro já antecipa a recompensa antes mesmo de recebê-la. Como já estamos condicionados e o hábito criado, o simples fato de passar em frente ao local já foi gatilho para que seu cérebro percorresse o caminho da recompensa e agora que isto foi acionado, todo o corpo pede para concretizar a ação de comer para ter a recompensa já acionada.

O autor Charles Duhigg explica isso muito bem em um livro muito bom chamado “O PODER DO HÁBITO”. E ele fala que só conseguimos “desligar” esse gatilho, de um hábito já instalado e fortalecido, ao criarmos um novo hábito que vai sobrepor o antigo. O caminho do hábito antigo estará para sempre no cérebro, pois  houve a criação e fortalecimento de uma sinapse (comunicação entre os neurônios), mas com a criação e fortalecimento de um hábito novo, o antigo perde a força. Ou seja, temos que criar um novo caminho no cérebro, que também te dará recompensas e diminuirá o poder de alguns hábitos não tão saudáveis serem gatilhos para certos comportamentos, no nosso caso, o da compulsão alimentar. E como criamos um novo hábito? Dia após dia, na repetição, no persistir. Na disposição interior de mudar. Na visualização do porquê é importante criar esse novo caminho mais saudável. Cada pequena atitude de amor e cuidado com você vai fortalecendo seu padrão construtivo, sua pulsão de vida e criando um novo hábito. Por isso eu insisto em fazermos coisas que nos causem alegria, prazer e satisfação. Uma nutrição holística. Começar a criar o hábito de alimentar nosso corpo, mente, olhos, ouvidos, presença, com coisas boas, coisas que nos conectem com a vida, com a alegria, com a confiança. A compulsão alimentar está ligada com nosso padrão autodestrutivo. E eu sempre falo que, a melhor forma de combater a escuridão é acender uma luz. No meu entender, a criação de hábitos construtivos e saudáveis e o fortalecimento deles é a melhor maneira de combater a “escuridão” da compulsão alimentar.

Vamos juntos!!!! 
Nas minhas próximas postagens continuarei compartilhando dicas e estratégias que usei e me ajudaram a vencer a compulsão alimentar e ter um relacionamento amoroso e saudável com meu corpo e com minha alimentação ;)

#opoderdohábito #foco #mudança #novoshábitos #disciplina #disposiçãointerior #amorpróprio #alegria #felicidade #saúde #bemestar #autoconhecimento #terapia #conhecimento #disciplina #persistência #pulsãodevida #luz

domingo, 17 de dezembro de 2017

Da série sobre “compulsão alimentar”. Texto 2.

Como eu disse no meu texto anterior sobre fazer dietas, eu já fiz muitas e a maior dificuldade em todas elas foi suportar a vontade descontrolada de comer doce ou carboidrato. Para mim, estes sempre foram os vilões no quesito “abstinência”. Os primeiros dias são os mais terríveis, mas aí tem aquele dia que é ainda pior, que vem uma vontade descontrolada de comer. E eu sempre falo que algumas compulsões te permitem ficar com abstinência total da substância gatilho, mas no caso da comida, eu não consigo ficar sem comer. Não consigo me isolar na minha casa e não ir a nenhum evento social, não consigo não me expor à oferta de comida. Mais um desafio que um compulsivo alimentar sabe muito bem como é. 

Enfim, a segunda coisa que aprendi e que foi fundamental para eu não dar as minhas “desandadas” e conseguir manter uma dieta saudável foi saber que um corpo bem nutrido pede cada vez menos comidas não saudáveis. Quando ouvi isso pela primeira vez confesso que não fez muito sentido mas, após estudar o assunto mais profundamente e aplicar na minha vida, realmente vi resultado. Por exemplo, com uma dieta balanceada que me permite acesso à gama de nutrientes que meu corpo necessita, meus picos de compulsão ficaram menores. Outra coisa ESSENCIAL foi conhecer que alguns alimentos são mais gatilhos para compulsão que outros como, por exemplo, o açúcar e o carboidrato. Por que eles são tão viciantes? Quando comemos açúcar ou carboidrato, regiões do cérebro de prazer e recompensa são ativadas, daí sua glicemia dispara, o cérebro libera dopamina que dá prazer, o pâncreas libera insulina em grandes quantidades para reduzir a glicose no sangue (e a insulina alta leva ao acúmulo de gordura), tão rápido quanto a glicemia subiu ela despenca. Quando a glicemia despenca e o corpo fica sem açúcar, ou com baixo nível de açúcar, ele envia sinais de abstinência ao cérebro. Esse movimento de glicemia alta, liberação de altas doses de insulina para baixar e o despencar da glicemia, é um movimento que causa fome constante e desejo por mais carboidrato e açúcar. Esse ciclo fica se repetindo constantemente a cada ingestão dessas substâncias. 

De posse desse conhecimento, o que eu fiz? Como não consigo ter uma dieta sem carboidratos total e nem sem açúcar, fui conhecer e aprender sobre os tipos de carboidratos e açúcares mais saudáveis e que causam picos de insulina menores e passei a usá-los em baixas quantidades, mas não os tirei da minha dieta. Fui aprender receitas funcionais com eles e as incluo na minha dieta. Essas receitas me dão prazer, são nutritivas, gostosas e não causam picos tão elevados de insulina e, consequentemente, o acúmulo de gordura é menor e o movimento da compulsão também. Com isso, minha experiência com a abstinência na dieta foi muito melhor, porque quando me vinha ou ainda me vem a vontade de comer aquele doce, eu como, mas um que é feito com alimentos mais funcionais, que não são gatilho para o ciclo do pico de insulina que eu citei acima e, portanto, não acionam o gatilho da compulsão. Pelo contrário, me saciam com pouca quantidade e eu fico bem feliz 😊.

A dieta que adotei e mais funciona para mim é uma dieta rica em gorduras boas e baixo carboidrato, também conhecida em inglês como dieta “high fat, low carb”.

Até a próxima ;)

Me siga também no:
Facebook: @LuRibeiropsicoecoach
Instagram: luribeiro.psicologaonline


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Da série sobre “compulsão alimentar” - Texto 1

Todos nós aprendemos maneiras de aliviar o sofrimento emocional em algum momento da nossa vida, esse é um processo bem individual. Uma vez que aprendemos o que funciona para nossa psique, como forma de alívio, temos a tendência de repetir o mesmo comportamento todas as vezes que nos vemos diante de uma situação que nos cause sofrimento emocional. Por exemplo, perceba ao que você recorre quando se sente triste, desiludido, estressado, cansado, desmotivado, frustrado, com raiva ou com medo. Você come? Fuma? Bebe? Usa drogas? Pratica esporte? Joga? Trabalha? Compra? Estuda? Assiste TV? Ouve música? Foge? Viaja sem parar? Tem sempre um compromisso ou evento social para não ficar só? Faz trabalho voluntário? Vive numa busca incessante pela perfeição? Medita? Faz Yoga?

Seja qual for sua forma de lidar com o sofrimento emocional, todos nós, sem exceção, aprendemos uma e todas elas fazem parte da mesma rota no nosso cérebro, ligada ao sistema de recompensa. As compulsões, por exemplo, nascem dessa necessidade que nossa psique tem de buscar alívio emocional. E por que algumas pessoas pegam rotas mais destrutivas que outras? Por que algumas se viciam em crack e outras em esporte?  Essa é uma pergunta que envolve muitos fatores, mas de forma breve posso dizer que isso está ligado à individualidade de cada pessoa, suas crenças e suas vivências desde o útero materno até seu desenvolvimento no geral.

Eu sou uma compulsiva alimentar, convivo com o transtorno desde o início da minha adolescência. Foram muitos anos de dietas, academia, ganha peso, perde peso, enfim......mas o fator mais característico de qualquer compulsão é a sensação de que ela é mais forte que nós, que não tem jeito, que tentamos, conseguimos por um tempo e depois.....olha nós lá de novo na mesma história. Isso é sempre carregado de muita frustração e o sentimento de desespero, tristeza e impotência.

Esse ano de 2017 foi um ano muito especial na minha vida nesse quesito. Completei 35 anos em abril. Iniciei o ano com 81 kilos, o máximo que já havia chegado. Estava bem acima do meu peso. Tenho 1.69 m. Estou terminando o ano com 66 kilos, peso esse que venho mantendo desde Junho. Algo inédito desde meus 13 anos. Não fiz nenhum tipo de cirurgia nem dietas super restritivas. Mas fiz sim grandes mudanças na minha alimentação e na minha rotina.

Mas algo que percebo que tem sido bem importante é a observação do que está acontecendo na minha mente e é gatilho para minha vontade de comer descontroladamente coisas bem gordas e nem um pouco saudáveis.

Irei compartilhar aqui com vocês, aos poucos, o que me ajudou e ajuda a lidar com a minha compulsão alimentar. O que me ajuda a lidar com o padrão autodestrutivo que está por trás da compulsão e fazer escolhas saudáveis e em prol da vida e do meu bem-estar.

Hoje gostaria de compartilhar a primeira coisa que fiz: escolhi uma dieta que eu sabia que conseguiria seguir. Aquela que melhor se adaptava ao meu corpo, minha individualidade, minha rotina e meu gosto particular.

Compartilhe também o que te ajuda. Muitas pessoas sofrem com esse transtorno. Juntos podemos nos ajudar muito!

Até breve!


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Missão de Vida

Agradecer é uma prática que eu tenho hoje que acontece com muito mais frequência, pois não foi sempre assim. Refiro-me à gratidão pela existência, pela vida, pela oportunidade de estar de passagem neste mundo fazendo o que eu faço e tendo a chance de vivenciar as experiências que vivencio e descobrir uma nova dimensão de mim a cada novo dia.

Precisei tirar muitos véus de ilusão e limpar muito as lentes com as quais enxergava o mundo. Precisei ir fundo nos meus traumas e medos para poder me libertar deles, para não ser prisioneira do meu passado nem viver ansiando pelo dia de amanhã, com medo da falta e da escassez.

Mas essa caminhada de viver no princípio da abundância, da confiança e do amor e não no da escassez e do medo, exige muita consciência e trabalho interior. A cada dia, um novo eu nasce, e com ele, acessamos memórias antigas e medos que trazemos não só nossos, mas das nossas gerações anteriores e da sociedade como um todo. 

Foram muitas as pessoas que cruzaram o meu caminho e compartilharam sua caminhada comigo, me ajudando imensamente neste processo. Profissionais, amigos, professores, familiares, escritores e mestres espirituais que, com o seus pensamentos e viver no mundo, influenciaram muito para que eu pudesse acessar meu melhor, minha potência de vida, minha missão, a abundância e o amor existentes neste universo.

Escolhi a profissão que escolhi por vocação e amor e sei que ela está alinhada com minha missão de vida. No exercício do meu trabalho e ao iniciar um novo projeto, sinto-me conectada com minha essência mais profunda e essa essência entra em ressonância com a Consciência Cósmica, fazendo com que tudo faça sentido e esteja conectado, numa contínua sincronicidade. 

Dentro das minhas áreas de atuação, várias vertentes me permitem abordar missão de vida. Na minha atuação como Coach, por exemplo, uma das minhas partes favoritas é o desenvolvimento da missão. No meu trabalho como Psicóloga Clínica, uma das muitas coisas que me encantam, é poder participar deste processo de tirar véus e limpar lentes para que as pessoas encontrem e enxerguem seu eu autêntico, limpem seus medos e ressignifiquem traumas; para poderem olhar para seus potenciais, suas qualidades, aquilo que elas têm de único e especial, sua contribuição singular para o mundo e conectarem-se com isso, saindo da esfera do medo e da escassez e indo para a esfera da abundância e do amor!

O quanto você se sente alinhado com sua missão? O quanto sente que está fazendo aquilo que faz você sentir-se conectado com o todo? Deixando sua contribuição única para o mundo?

Se isso não é uma realidade para você hoje e é algo que gostaria de vivenciar, conecte-se com essa energia, faça coaching, terapia, participe de grupos que tenham isso como proposta, leia pessoas que já falaram sobre o tema e busque. Existe muita abundância aqui para todos nós!

Se já quiser começar ler mais sobre missão de vida, acesse o link abaixo, que é um compilado que eu fiz de algumas mensagens e um trecho importante retirado do livro “Maestria”, de Robert Greene.

https://drive.google.com/file/d/0B_2mjr_ubOOyNl9BdU9zUE1mSVU/view?usp=sharing



sábado, 30 de abril de 2016

A energia que pulsa

Temos um infinito potencial de energia dentro de nós, uma energia que quando acessada nos deixa em pleno êxtase pela sensação de sermos um com a existência. Vivenciamos um estado em que o medo não existe e somos puro amor e potencial criativo.

Alguém disse que o pensar é o nosso maior problema. E isto faz muito sentido quando vivenciamos processos que movimentam a energia vital do nosso corpo e nos fazem acessar nossa identidade de forma muito expandida, mas tão logo começamos a tentar entender e julgar esse processo, a energia expandida se dissipa quase que instantaneamente, contudo, um registro da preciosidade daquele momento acontece: Criamos um caminho!

Quando estamos na mente há medo, focamos nossa energia em algum pensamento, damos atenção para algum drama ou nos apegamos a algo externo para darmos algum sentido para nossa vida. A mente questiona, desconfia, duvida, teme, julga o tempo todo, incansavelmente; pede mais, diz que precisamos fazer mais para sermos amados, aceitos, melhores, bem sucedidos e isso se repete em um grande círculo vicioso.

Mas quando estamos no corpo, não há o externo. É só você e Deus, só você e o Universo. Não há medo, há muita inspiração. Dá vontade de ser tudo que queremos, TUDO QUE JÁ SOMOS, mas não fazemos porque nossa mente logo começa a trabalhar, julgar, ocupar-se.....Quando estamos no corpo há confiança em quem somos, acessamos nossa essência divina e nesse processo, é possível observar o movimento de contração e expansão muito claramente, estar com o outro não é angustiante e estar sozinho também não.  É possível ir e vir, entrar e sair, estar e não estar e, em todas as situações: ESTÁ TUDO BEM!

Tenho aprendido que o processo de “Consciência” não acontece com a mente, acontece com o corpo, com o coração. Acontece quando limpamos os canais de energia que bloqueiam o acesso à nossa fagulha divina e então, quando acessamos essa energia, que é fonte de puro amor, acessamos nossa potência, acessamos nossa luz. Essa sensação, que é como ser uma com o Universo, é o mais próximo que já experimentei de Deus. Uma grande alegria. Uma sensação preciosa de completude.

Tentamos entender com a mente, entender nossos processos, nossos traumas, onde erramos, onde “erraram” conosco, onde podemos melhorar; julgamos, buscamos um culpado e uma razão para entender por que agimos como agimos e passamos o que passamos. Obviamente a mente é um canal de conhecimento e compreensão, mas como disse o amado mestre Osho: “a mente deve estar a serviço do coração”, porque só o conhecimento mental, só a cognição, dentro da minha experiência, não são suficientes para gerar uma transmutação e nos levar para um grau mais elevado de Consciência e plenitude. Quando ficamos muito no nível mental, fortalecemos o processo de condicionamento, de jogo de poder, acusação ou vitimização.

Podemos ir além da mente, temos toda essa energia de vida, de criação e inspiração dentro de nós. Nosso corpo tem memórias muito antigas, criamos defesas não somente mentais, mas corporais também. Quando trabalhamos no nível corporal acessamos essas memórias e sentimos a vida de forma muito diferente de quando temos uma compreensão mental de algum processo, tão diferente que a sensação falará por si só. Não queira entender, apenas confie no processo.

Tudo que precisamos fazer para acessar nossa energia de vida é estarmos presentes no nosso corpo, observar, sentir, perceber, dançar, mexer, soltar, soltar nossas defesas, permitir.... e então, sentir o medo se dissipar e a luz do amor, da alegria e da completude surgir e brilhar de dentro.

Hoje, 30 de abril de 2016, participei de um grupo muito lindo cuja proposta de trabalho é caminhar com as pessoas, através de trabalhos corporais e meditativos, nessa busca pela potência e luz que temos dentro de nós.

Gratidão ao grupo DEVIR e a todos que participaram do encontro, pois com muito amor, me proporcionaram a mais um dia, acessar essa minha fonte inesgotável de potência, confiança e amor.

https://www.facebook.com/Luciana-Ribeiro-Psic%C3%B3loga-e-Coach-314726152277048/

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Escolhas

O que exatamente me impede de realizar aquilo que tenho vontade? Escolher o que me faz mais feliz? Por que eu escolho algo mesmo percebendo que isto, na maior parte do tempo, me traz sofrimento e angústia?

A partir do momento em que passamos a existir no útero da nossa mãe já iniciamos nosso processo de vínculo; nossa neuroquímica  já está sendo formada. 

Aprendemos desde muito pequenos a nos identificar com a alegria ou com o sofrimento, com o medo ou com o amor, com a escassez ou com a abundância. Em nosso DNA trazemos traços, características e memórias de gerações anteriores.

Ao nascer, iniciamos também um processo social; aprendemos, com o tempo, que existe um Eu e um outro. O ambiente externo em que crescemos e as pessoas com quem convivemos nos transmitem sua forma de olhar o mundo, que por sua vez, muitas vezes, é a forma de olhar o mundo de seus pais, avós, etc.....

Com a combinação de tudo isso adquirimos nossas crenças e é como se elas fossem "sacolas cheias" que vamos acumulando ao longo do caminho e as carregamos com apego e resistimos muito em deixá-las para trás porque sentimos que elas são a nossa identidade, que sem elas não conseguiremos caminhar, ou até, sem elas não sabemos caminhar.

E é nesse ponto que, muitas vezes, começam algumas das nossas questões na vida: como vivenciar meu "Eu",  fazer o que quero, aquilo que me faz mais feliz, com tanta bagagem?

Se tentamos tirar uma "sacola" sentimos culpa, medo e até desespero. Como deixar ir aquilo que eu percebo como parte de mim, mas que está pesando demais, para vivenciar uma nova forma de pensar, de olhar e caminhar de forma mais leve? Mais autêntica? Mais feliz?

Essa é a caminhada do autoconhecimento e da transformação. De aprender a nos relacionar/vincular a partir do prazer, da alegria e da abundância e não do medo, da dor, da culpa ou da escassez. É preciso aprender um novo caminho, criar novas sinapses, experimentar, ousar, olhar e nos desprender de pesos desnecessários para que consigamos vivenciar a nossa própria jornada e missão.

Eu sei que essa não é uma jornada fácil, mas é possível. É importante caminhar com pessoas que já tenham trilhado esse caminho e ainda o fazem, afinal, este não é um processo de começo, meio e fim. Essa caminhada é uma construção constante, pois todos os dias estamos nos descobrindo, constantemente algo morre e nasce nas nossas vidas.

Pela minha experiência posso dizer que tem valido muito a pena trilhar essa jornada.

Minha gratidão aos meus pais que me proporcionaram a experiência de estar aqui, aos meus mestres, terapeutas, grupos que participo e participei, amigos e a todos que têm feito parte desse meu processo de autoconhecimento e transformação.

E você, como tem se sentido em relação às suas escolhas? Como está sendo a sua caminhada nesse momento?

Reflita!


E como diz a mensagem acima em inglês: "Sua vida é um presente para este mundo, escreva sua história, compartilhe sua paixão, brilhe sua luz e ame com todo seu coração. Dessa forma você deixará ondas de amor neste planeta".

https://www.facebook.com/Luciana-Ribeiro-Psic%C3%B3loga-e-Coach-314726152277048/