quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Deepak Chopra sobre a felicidade!

Deepak Chopra é um médico indiano radicado nos Estados Unidos. Ele nasceu em Nova Deli em 22 de Outubro de 1946. É formado em medicina pela Universidade de Nova Deli. É também escritor e professor de Ayuverda, espiritualidade e medicina corpo-mente.
 
Ele é especialista em endocrinologia e seu foco hoje é a medicina corpo-mente.
 
Conheci Deepak Chopra através de um livro que comprei chamado "Energia Ilimitada".
 
Depois disto pesquisei mais sobre ele na internet e ano passado assisti a um vídeo seu de aproximadamente 1 hora chamado "The happiness Prescription". Infelizmente o vídeo foi retirado da internet mas está disponível para compra em alguns sites.
 
No link abaixo há um pequeno trecho deste vídeo.
 
 
O vídeo completo é interessante do começo ao fim, mas alguns pontos ficaram marcados para mim e gostaria de comentá-los:
 
 A) Ele cita 3 fatores que determinam nossa felicidade:
 
O primeiro é o fator biológico:

Biologicamente nosso cérebro tem um "processo" para interpretar a felicidade, o que é subjetivo e individual, pois uma mesma situação pode ser vista por uma pessoa como uma ameaça e para outra pessoa como um oportunidade.
 
A neuroquímica do cérebro, formada por substâncias chamadas neurotransmissores (serotonina, dopamina, noradrenalina, etc....) influenciam nosso comportamento e percepção e, portanto, a nossa felicidade. E sobre este aspecto Deepak fala que podemos fazer algumas coisas para alterar essa neuroquímica cerebral e obtermos "mais felicidade", como por exemplo, tomar medicamento; meditar e fazer terapia.
 

Sobre o uso de medicamento na busca da felicidade, há um livro muito interessante que li chamado "Felicidade Artificial", escrito por um médico. Ele fala, entre outras coisas, sobre o que está subjacente ao uso destes medicamentos que "produzem felicidade".

O segundo fator é sua situação de vida:

Se você tem dinheiro, se tem uma casa grande, se está saudável, se ganhou na loteria, etc..
 
Mas percebe-se que estes fatores não são grandes determinantes para a felicidade.
 
Achei este ponto que ele abordou muito interessante, pois ele fala que se ganhássemos milhões na loteria ficaríamos extremamente felizes. Manteríamos essa felicidade por alguns meses, mas em 1 ano se te perguntassem quão feliz você está, sua felicidade estaria no ponto em que estava antes de ganhar na loteria. Ou se passarmos por uma perda, divórcio ou uma situação muito difícil, após um tempo, voltaremos no mesmo estado de felicidade de antes do ocorrido.
 
Ele explica que nossa mente se adapta a grandes tragédias mas também a eventos de "sorte" e que as situações diárias que ocorrem na vida determinam cerca de 15% da nossa felicidade.
  
O terceiro fator são as ações volitivas (as escolhas que fazemos):
 
Essas ações podem estar voltadas para nos dar prazer, gratificação e realização.
O prazer e a gratificação não duram muito tempo, como por exemplo, comprar os sapatos que gostamos, comer algo que gostamos, viajar, assistir a um filme ou musical. Cada um tem seu próprio método de prazer e gratificação. Eles são imediatos, mas logo se vão.
 
Já a realização é uma gratificação mais profunda. É um senso de conquista e de que estamos fazendo a diferença para nós e para outros. É quando expressamos nossa criatividade, nosso poder da intuição, da imaginação.
 
Ele diz que as pesquisas mostram que a melhor maneira de sentir-se realizado é quando fazemos outras pessoas felizes; quando fazemos a diferença para alguém. Quando isso acontece, experimentamos grande alegria.
 
E esse senso de realização é possível de ser atingido quando percebemos que não somos separados, somos parte de um todo e quando agimos pensando neste todo somos afetados por ele também seja de forma positiva ou negativa.
 
B) Deepak também aborda no vídeo que a vida tem sofrimento, mas ela não é sofrimento. Há muitas outras coisas contidas nela, inclusive alegria, realização, felicidade. Uma parte interessante é quando ele fala sobre o lidar com as coisas que vem e que vão. Ele diz que tudo que vem, vai.
 
Fiz uma analogia disto com as perdas e ganhos que temos na vida. Vem a infância e ela vai para vir a adolescência; vem a adolescência e ela vai para vir a juventude; vem a juventude e ela vai para que as outras fases venham; vem aquela super promoção, ela se vai e algo novo vem.
 
As palavras de Deepak são uma grande lição sobre amadurecimento, crescimento e desenvolvimento. Uma lição que nos ensina que para que coisas novas venham é preciso que as antigas se vão. Para iniciarmos um ciclo é preciso fechar o anterior, senão ficaremos presos a algo que não existe mais, a não ser na nossa memória, e deixaremos de viver coisas lindas que estão por aí a nossa espera.
 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Livro - Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis!

Há alguns anos eu li o livro "Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis!" de John Powell, S.J e Loretta Brady, M.S.W.
É um livro que fala da comunicação pessoal em 25 passos. Assim dizendo, pode parecer um daqueles livros americanos clássicos de 10 passos para..... com um receita pronta para tudo, mas não é, é um livro belíssimo e de um conteúdo profundo.
Na página 16 há uma parte muito interessante que toca no centro da questão discutida no livro, diz assim:
"Há ainda outro benefício muito valioso quando se aprende e se pratica a arte da boa comunicação: a maturidade pessoal. Se fielmente acreditarmos nas verdades e aceitarmos as atitudes que fundamentam a comunicação franca e honesta, iniciaremos um contato saudável com a realidade. Desistindo dos papéis que representamos e dos jogos que fazemos, logo estaremos lidando mais eficientemente com nós mesmos como realmente somos e com os outros como realmente são. Começaremos a ser autênticos e verdadeiros, com nós mesmos e com os outros. O resultado óbvio de tudo isso é a maturidade.
Ninguém (inclusive eu) gosta de ser imaturo, mas de fato o somos. Somos seres em desenvolvimento e ainda não atingimos tudo o que podemos ser. Condição absoluta para nosso crescimento humano é o contato com a realidade. A comunicação franca e honesta é o único caminho que nos leva ao mundo real. Sua contrapartida é contentar-se com uma vida que é apenas um representação, um fingimento sem sentido".
Estava organizando meus livros e peguei esse livro novamente; na quarta página havia um trecho citado muito interessante, retirado do livro "The Velveteen Rabbit (O coelho de veludo)" de Margery Williams.
Quando li o livro Arrancar Máscaras! Abandonar papéis! pela primeira vez, esta citação passou despercebida para mim, mas agora ela faz todo sentido com o conteúdo do livro, todo sentido mesmo. O trecho do livro O coelho de veludo que está citado no livro Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis! é o seguinte:
"O que é REAL?", perguntou o Coelho um dia, quando estavam deitados lado a lado, perto da grade do quarto das crianças, antes de Naná vir arrumar o quarto. "Significa ter coisas que murmuram dentro de você e uma alça do lado de fora?"
"Real não é a forma com que você é feito", respondeu o Cavalo de Pele. "É uma coisa que acontece com você. Quando uma criança gosta de você por muito, muito tempo, não somente para brincar, mas gosta REALMENTE de você, aí você se torna Real".
"Não acontece de repente", continuou o Cavalo de Pele. "Você se transforma. Leva bastante tempo. É por isso que nem sempre acontece para quem se quebra com facilidade ou tem bordas ásperas ou precisa ser guardado com cuidado. Geralmente, até você se tornar Real, a maior parte do seu pêlo já caiu de tanto carinho, você já perdeu os olhos, está com as juntas moles e bastante gasto. Mas essas coisas não têm a mínima importância, porque quando você é Real, não pode ser feio, a não ser para quem não entende".
Depois de ler esse trecho fui à internet para ler o texto todo do livro "O coelho de veludo". A leitura desta pequena estória é belíssima e nos traz lições fantásticas sobre as máscaras e papéis que representamos e vestimos, principalmente para sermos amados, recebermos carinho, atenção, abrigo, conforto;  também nos mostra a vida e beleza que há quando abandonamos esses papéis, retiramos nossas máscaras, saímos da nossa zona de conforto e vamos em busca de SER quem realmente somos e viver nossa mais profunda verdade.
O trecho foi muito bem escolhido para o livro Arrancar Máscaras! Abandonar papéis.
Quem quiser ler "The Velveteen Rabbit" segue uma opção no link abaixo:
Recomendo ambas as leituras! Vale a pena!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Filme - Lembranças


Hoje assisti ao filme "LEMBRANÇAS". No decorrer do filme podemos ver o enredo de duas famílias que viveram dramas similares. Os personagens principais, Ally e Aidan, tiveram perdas significativas quando criança. Ela perde a mãe, que é assassinada na sua frente e ele o irmão que se suicida. Os dois se encontram e se apaixonam. Durante o filme vemos a dinâmica das famílias e podemos perceber o quanto uma perda muda essa dinâmica completamente e, quão difícil é para as pessoas que ficaram lidar com tudo isso.
 
Percebemos claramente que os membros das famílias vivem um luto não elaborado. Muitas coisas que não foram ditas e que gritam no silêncio de um jantar ou na tristeza e fúria dos que clamam por amor, atenção e redenção.
 
A perda é algo que se não for elaborado traz algumas dificuldades emocionais e de relacionamento na vida das pessoas. Quando vivenciamos uma perda, por morte física ou separação é importante buscar ajuda psicológica.

Quando tomamos consciência da morte e realmente a aceitamos com um fato que um dia acontecerá para todos, aprendemos a valorizar a vida, a preservar os relacionamentos, a investir em nos tornar pessoas melhores para podermos viver melhor e apreciar cada momento. Quando nos conscientizamos que não seremos eternos, nem as pessoas que amamos e que não temos controle sobre o amanhã, aprendemos a apreciar o momento na companhia destas pessoas. Aprendemos a questionar nossos caminhos e atitudes e mudá-los quando percebemos que estamos "matando" a vida ou deixando e vivê-la completamente.
 
Valorize sua vida, valorize as pessoa que ama e que te amam. Gaste tempo com elas. Se tem filhos, não faça como o personagem de Pierce Brosnan neste filme, que não tinha tempo nem para ir à exposição de arte da filha, que achava que o pai não a amava. Vá em exposições, participe, ame seus filhos e sua família. Se tem dificuldade em demonstrar amor ou em amar, esteja aberto para este aprendizado; invista no seu crescimento e maturidade emocional.
 
Se teve uma perda difícil e sente que seu coração se fechou e não consegue ou tem medo de amar e recomeçar; se perdeu o sentido para a vida ou não consegue ter forças para superar tamanha perda e tamanha dor, procure ajuda, não fique sozinho(a). Dê o primeiro passo, olhe ao seu redor e perceba que pode haver pessoas que precisam de você, que querem estar ao seu lado, que sentem sua falta, que querem o seu afeto, que sofrem tanto quanto você e um pode ser conforto para o outro em um momento de dor, revolta e luto.
 
Olhe ao seu redor e perceba a vida, uma vida que te chama.
 
Não fique sozinho.

Lidando com o Luto

Perder alguém por morte física é algo extremamente desorganizador para o emocional. Cada pessoa lida com o luto de uma maneira diferente, porque cada pessoa é única.
 
Já acompanhei algumas pessoas próximas que perderam pessoas que amavam, principalmente seus parceiros, e todas elas não conseguem descrever essa dor.
 
Venho postando várias mensagens sobre o Patrick Swayze porque é um caso público que, eticamente, me permite falar sobre e porque também admirava seu trabalho e sua vida.
 
Em sua última entrevista para Barbara Walters, Patrick Swayze estava acompanhado da esposa Lisa Niemi. Barbara perguntou para ela se ela já visualizou a vida sem o marido. Lisa parou por um instante e muito emocionada disse que seria muito difícil e que não tinha ideia de como faria, que ela lidaria com isso quando fosse o momento.
 
Como eu disse no início deste post, cada pessoa lida de forma diferente com o luto; algumas reações são similares como tristeza, depressão, perda da vontade de sair e fazer coisas novas, entre outras. Passado o estágio inicial do luto "normal" que pode durar de 6 meses a um ano, normalmente, as pessoas se envolvem em algo, algo que as ajude a recuperar a vontade de continuar. Uma das coisas que Lisa decidiu fazer foi entrar em uma luta contra o câncer de pâncreas. Essa foi uma das formas que ela encontrou de lidar com a dor da perda do seu amado. Ela abraçou uma causa, algo que a impulsionasse a continuar diante de um momento de muita, muita dor, em que as forças diminuem e a disposição para lutar é colocada em xeque. Essa causa a ajudaria a continuar.
 
No site http://www.knowitfightitendit.org/home há a seguinte notícia:
 
 
Nos vídeos abaixo ela fala da sua luta contra o câncer de pâncreas e suas ações neste sentido.
 

 
 
 
Lisa também escreveu o livro "Worth fighting for" em que fala de amor, perda e, principalmente, fala sobre como continuar após uma perda tão significativa. Citei esse livro no meu post anterior.
 
Enfim, a história de Lisa é a história de muitas pessoas que amaram, perderam e tiveram que continuar.
 
A história de Lisa e Patrick pode nos ensinar muito sobre o amor, a vida, a morte, a perda e a continuar quando tudo parece perder o sentido!
 

Vale a pena lutar!

Ainda sobre a vida de Patrick Swayze, seguem 2 livros que falam sobre sua vida, morte e sobre como sua esposa lidou com a sua perda.
 
O primeiro livro "The time of my life" foi escrito por Lisa Niemi e Patrick Swayze.


 A New York Times Bestseller, and International Bestseller, The Time of My Life is an entertaining and inspiring behind-the-scenes look at a Hollywood life and a remarkable love, told in the words of beloved actor Patrick Swayze and his wife, Lisa Niemi, shortly before he passed away.
In a career spanning more than thirty years, Patrick Swayze made a name for himself on the stage and screen with his versatility, passion, and fearlessness. Always a fighter, Patrick refused to let the diagnosis of stage IV pancreatic cancer in February 2008 defeat him. Patrick and Lisa’s bravery inspired legions of fans, cancer patients, and their loved ones, yet this memoir, written with wisdom and heart, recounts so much more. Revealed in vivid detail is Patrick’s Texas upbringing, his personal struggle, his rise to fame, and how his soul mate Lisa stood by his side through it all.

 
The Time of My Life opens the door for families, individuals, and husbands and wives to grow, bond, and discover entirely new levels of love and sharing, proving that life shouldn’t be lived as a series of endings, but rather as the beginning of greater strength and love.
 
 
O segundo livro foi escrito apenas por Lisa. Nele podemos ver como ela lidou com a perda do marido.
 
Wait a minute . . .
 
. . . there.
 
I made it to the next moment.
 
And that’s how you get through a bad moment of grief. You do it one at a time.
 
- from Worth Fighting For
 
 
LISA NIEMI and PATRICK SWAYZE were married for thirty-four years. They fist met as teenagers at his mother’s dance studio – he was older and just a bit cocky; she was the beautiful waif who refused to worship the ground he walked on. Through the years their marriage strained under the pressures that many do, but it was always a uniquely passionate and creative partnership.
 
When they first exchanged vows, Lisa promised to be with her husband “till death do us part.” But how many couples stop and think about what that truly means? Worth Fighting For is a remarkably candid look at what losing a partner really entails – how to care for him or her, how to make it though each day without falling into despair, and how to move forward in the second half of your life when the person you spent the first half with is gone.
For the first time, Lisa Niemi Swayze shares the details of Patrick’s twenty-one-month battle with Stage IV pancreatic cancer, and she describes his last days, when she simply tried to keep him comfortable. She writes with heartbreaking honesty about her grief in the aftermath of Patrick’s death, and she openly discusses the challenges that the years without him have posed.
 
While this is an emotionally honest and un-flinching depiction of illness and loss, it is also a hopeful and life-affirming exploration of the power of the human spirit. Lisa shows that no matter how dark the prospect of another day may seem, there are always reserves of strength to call upon. She writes, “I tell you, I am a different person now. One who has been thrown into the fire and forged.” Like The Year of Magical Thinking and A Widow’s Story, this book is both a tribute to a marriage and a celebration of the healing power that each day holds, even in the most difficult of circumstances.

Retirado do site: http://www.lisaniemiswayze.com/